O Município do Porto aderiu ontem ao Plano Nacional de Leitura (PNL), um projecto do Ministério da Educação que pretende aumentar os níveis de leitura e literacia. No âmbito do projecto vão ser investidos 120 mil euros em livros para o primeiro ciclo e é lançada na próxima semana uma campanha de promoção de leitura para todos os portuenses.

O investimento é de 120 mil euros, financiados em partes iguais pelo PNL (50 por cento) e a Câmara do Porto (os restantes 50 por cento). “É um investimento para dois anos. Os 120 mil euros vão ser investidos na aquisição de livros para o primeiro ciclo. Das 55 escolas do Porto, 27 têm bibliotecas incluídas na Rede Nacional de Bibliotecas Escolares”, explica o vereador da Educação, Desporto, Juventude e Inovação, Gonçalo Gonçalves, adiantando que a autarquia quer beneficiar também as escolas que ainda não estão incluídas na rede.

O PNL foi lançado em Junho de 2006. É a resposta institucional aos níveis de literacia em Portugal”, afirma a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, explicando que os objectivos passam por “melhorar os resultados escolares e a qualidade da escola pública e diminuir as desigualdades sociais e escolares”.

Pôr o “Porto a ler”
O Plano Nacional de Leitura não prevê apenas um investimento nos jovens. A ideia é que os adultos também tenham consciência da importância da leitura. Assim, a Câmara do Porto vai lançar na próxima semana a iniciativa “Porto a ler”, uma “campanha inédita de promoção da leitura, visando, não apenas a população escolar, mas a totalidade de quem vive ou visita o Porto”, explica o autarca Rui Rio. Além disso a autarquia vai assinar “em breve” um protocolo com a Casa da Música. Rui Rio considera que “a par da renovação e requalificação dos edifícios escolares”, existe uma estratégia de interligar a educação e a cultura. “É assim com o Coliseu do Porto e assim será com a Casa da Música.”